Feito à m@o: São Paulo e o fazer artesanal (2018- 2019)

Design de experiências

O conceito de Economia da Experiência apareceu de forma sistematizada em 1999, com a publicação de dois livros: A sociedade dos sonhos, do dinamarquês Rolf Jensen, e o estudos dos americanos James Gilmore e Joseph Pine.

Em síntese, o surgimento dessas duas obras representou uma mudança na maneira, como até então, era percebida a origem das demandas nos consumidores.

De acordo com eles, os produtos e serviços tendem a adaptar- se às demandas provenientes dos “desejos do coração”, e não mais às demandas dos pensamentos racionais, sendo chegado o momento de se ofertar “acontecimentos exclusivos e eternamente memoráveis”

pela sua forma, pelo seu sentido e pela emoção vivenciada.

Isso significa que os negócios assim como as comunidades em que estão inseridos, tendem, de agora em diante, a fundamentar suas atividades a partir de suas próprias histórias, e não mais a partir de informações desconectadas e dados impessoais.

Assim, as melhores histórias – sendo apresentadas da forma mais humana e emotiva possível – seguramente serão aquelas que renderão maior engajamento.

Na economia da experiência, uma empresa deixa de oferecer produtos ou serviços simplesmente e passa a lidar com sensações, heranças culturais ou opções pessoais. O valor econômico dessa relação não está só na conquista ou fidelização do cliente, mas na valorização de um mesmo produto por conta de sua condição especial para aquele determinado cliente, assim como em sua capacidade de se memorável.

Nesta última década, o cenário principal dos negócios mundiais tem sofrido algumas alterações, tem-se dado um aumento nos modelos de consumo que permitem o acesso através da partilha ou da comunhão de recursos, produtos e serviços redefinidos essencialmente pelos meios tecnológicos ou pelas comunidades de pares.

Alguns exemplos bem conhecidos deste tipo de atividades são os de partilha de carros ou bicicletas (Zipcar, Hubway, Uber), de pequenas tarefas ao domicílio (TaskRabbit, Sorted), serviços de aluguel, sublocação e partilha de alojamento(AirBnb, CouchSurfing)

Este fenómeno é normalmente denominado por “economia partilhada” (“sharing economy”)

e está associado a uma vasta gama de soluções com características diferentes e peculiares.

Para ser mais precisa devemos colocar estes modelos em um subgrupo do consumo colaborativo cujo princípio fundamental será a exploração do valor negligente dos bens subutilizados.

É então descrito como “um modelo económico baseado na partilha de ativos subaproveitados desde espaços e competências a produtos físicos com benefícios monetários ou não.”

Leonardo Tristão, diretor-geral do Airbnb no Brasil, acredita que os brasileiros abraçaram muito

bem o conceito da empresa porque mistura diferentes culturas e lifestyles, e que a nova ferramenta tem potencial para gerar riqueza ao unir pessoas que tenham uma mesma paixão e ajudando a trazer uma receita adicional para as pessoas e para a economia da cidade.

A opção de realizar o Airbnb experiência na residência criativa foi iniciada em junho de 2018 e a diversidade do público só fez enriquecer as nossas práticas de hospitalidade e altruidade.

O Festival Bemquerê viveu momentos em que a casa estava aberta para trocas de experiências, saberes e alegrias. Uma festa!

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Créditos:

Idealização: Adriana Costa
Co-criação: Beatriz Padial, Nathalia Abdalla, Patrícia Muniz, Fernanda Tosta, Mila Vidal e Guta Moraes
Participação especial: Ana Paula Gaspar, Daniel Cavallini, Alice Chaves, Camila Alves, Rosana Padial , Luciene Sousa e Mariana Garcia
Parcerias: Floricostura, Pitanga Curadoria para Crianças, =Migraflix com destaque para Renee Abegail, Revista Urdume, Bia Bordô, Oficina Oito, Coletivo Pink, Comunidade Airbnb Experience, Catarse, Fazer artesanal, E2G design
Identidade visual e facilitação gráfica: Mila Santoro