Sentidos despertos : Ateliê

O Ateliê da Residência criativa é uma vivência para ampliar sentidos e encontros.

Na correria do dia-a-dia apagamos nossas percepções na velocidade e automatismo das tarefas, respirar é retomar um gesto natural e sensível; um dos caminhos possíveis quando paramos para viver uma experiência com as ervas, caminhadas ou simplesmente a comtemplação da Natureza.

Foto de Bárbara otero Fernandes

Para onde vamos quando reconhecemos um aroma ? 

O aroma oferece um tipo de “caminho” que não só se torna parte de nossa experiência de um espaço, como também serve como um lembrete ou guia de comportamento para aquele local. Um cheiro pode agir como uma fronteira que sinaliza o que temos a frente, ou o que já passou. Às vezes, pode provocar uma memória poderosa – e emocionalmente nos reconectar com nossas experiências passadas. 

Apesar disso, o vocabulário para descrever aromas diferentes não é muito diverso, assim fazendo a informação olfativa um pouco invisível e intangível. E se um cheiro em específico te trouxer uma forte memória? Dessa forma, sentir esse aroma pode te ajudar a sentir novamente o passado através da visualização dessa memória. Existe em nós paisagens olfativas e consequentemente afetivas, aromas que nos remetem a lembranças e muitas vezes as emoções que envolvem este momento específico ou pessoa.

Mesmo quando não somos a pessoa que está mergulhada no aroma de algum modo participamos em silêncio respeitoso daquele momento. O aroma gera uma ambiência que altera o fluxo e o pulso da respiração - é da ordem do atmosférico. Um cheiro traz o tempo em suas duas concepções : a duração, o fluxo do que passa e a ambiência e o momento do que perpassa.

Existem muitos sentidos que podemos abrir, todos são portais para descobertas de nossos modos de perceber e de possibilidades do mundo. Conhecer algo em profundidade é sentir e inteligir, uma inteligência senciente. É a estruturação da diversidade de sentires na unidade intelectiva da realidade. Nada pode existir na inteligência que não tenha existido antes nos sentidos.

No Ateliê de Fitotipia percebemos a luz do sol e suas possibilidades impressivas. Você já pensou em revelar uma foto numa folha usando somente o tempo e o sol ? É uma experiência mágica.

Fique atento! Em outubro vamos divulgar nossa programação para o segundo semestre, do Ateliê da Residência criativa.

Vem partilhar deste mergulho nos sentidos e nos saberes da plantas!



Fotos de : https://www.bracopelomundo.com/

Anterior
Anterior

O demorado olhar

Próximo
Próximo

Borboletear no mistério da aprendizagem