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artigos
e publicações
O firmamento/ desabamento no silêncio
O silêncio tem múltiplos significados dependendo da cultura ou do contexto em que é vivido.
Cenografia : o processo criativo de J.C. Serroni
A arte da Cenografia através do olhar de J.C.Serroni.
Uma viagem pelo teatro brasileiro em toda a sua potencialidade criativa
Dormir é fundamental
“Você acha que dormiu o suficiente nessa semana que passou ? Consegue se lembrar da última vez que acordou sem despertados sentindo-se revigorado não tendo que recorre a cafeína ? Se a resposta a qualquer destas perguntas for negativa, você não está sozinho. Dois terços dos adultos em todos os países desenvolvidos não seguem a recomendação de ter oito horas de sono por noite.”
Outubro pink
Outubro Pink: Ateliês em parceria com o Coletivo Pink na Biblioteca dp Parque Villa Lobos
Pés no chão
“Os seres humanos vivem em, e não sobre o mundo “
Esta afirmação simples de Tim Ingold é uma chamada a voltarmos a pisar descalços na diversidade e tateabilidade da realidade.
E você aceita o convite ?
Vem participar da leitura do livro : Estar Vivo
Sonhos lúcidos
O que permite ao sonhador adquiri autoria sobre seu enredo onírico é o controle volitivo da imaginação diz Sidarta Ribeiro.
E esta capacidade vem sendo explorada em várias áreas da pesquisa aplicada.
Imagem : https://www.oniri.io/post/how-to-lucid-dream-step-by-step-guide
Contra a interpretação
“As mais celebradas e influentes doutrinas modernas, as de Marx e Freud, em realidade são elaborados sistemas de hermenêutica, agressivas e ímpias teorias da interpretação. Todos os fenômenos que podem ser observados são classificados, segundo as próprias palavras de Freud, como conteúdo manifesto. Este conteúdo manifesto deve ser investigado e posto de lado a fim de se descobrir debaixo dele o sentido verdadeiro – o conteúdo latente. Para Marx, acontecimentos sociais como revoluções e guerras; para Freud, os fatos da vida de cada indivíduo (como os sintomas neuróticos e os lapsos de linguagem), bem como textos (um sonho ou uma obra de arte) – todos são tratados como motivos de interpretação. Segundo Marx e Freud, estes acontecimentos parecem inteligíveis. Na realidade, nada significam sem uma interpretação. Compreender é interpretar. E interpretar é reafirmar o fenômeno, de fato, descobrir um equivalente adequado.”
— Susan Sontag
Em estado de sonho
Imagine que as vivências oníricas são, não só um reino de memória mas também do devir, não somente um território existencial para revivermos nosso mundo subjetivo mas também uma outra forma de contato e encontro com outros seres.
Neste sentido o estado de sonho pode ser acessado dormindo, em mirações, num sonho lúcido ou mesmo acordado em pleno centro da cidade.
O sonho é uma frequência de profunda conexão, um portal de acesso ao mundo interior dos sentimentos e ao mundo exterior dos acontecimentos sutis.
A teoria da complexidade de Edgar Morin, permite pensar o mundo onírico como uma noosfera onde podemos sintonizar diálogos entre o nosso mundo individual e as expressões coletivas percebendo suas ressonâncias sutis e arquetípicas.
O meio de uma caminhada …
Estamos terminando a leitura do livro Antropologia dos sentidos ,de David Le Breton, em nosso grupo de pesquisa sobre os processos criativos.
Terminamos esta leitura com um convite para o caminhar que para ele, junto com o silêncio é a melhor forma de resistência. Um praticante da arte de caminhar, o filósofo convida a sua prática constante e nas diversas entrevistas que deu sobre o tema, conta a força de sua transformação interior ao vivenciar o Caminho de Santiago..
Bansky : do subversivo ao imersivo
Em São Paulo e em diversas cidades do mundo tem percorrido a exposição sobre o artista conhecido como
ART of BANSKY : WITHOUT LIMITS
Sinto uma contradição ainda mais aguçada na escolha deste artista que é um ativista político que usa o stencil como crítica social nas ruas de diversas cidades. Seu contraponto ao mercado da arte ficou explícito na venda da pintura da menina com o balão vermelho em um leilão e o vídeo que dizia que a obra tinha na moldura um dispositivo de destruição com a frase:
“The urge to destroy is also a creative urge”
História dos quadrinhos em HQ
Scott McCloud , 10 de junho de 1960) é um quadrinista e defensor dos quadrinhos como uma forma literária e de arte autônoma.
Sua popularidade, no entanto, é maior como teórico dos quadrinhos, devido aos seus livros "Desvendando os Quadrinhos" (Understanding Comics: The Invisible Art), de 1993 e "Reinventando os Quadrinhos" (Reinventing Comics: How Imagination and Technology Are Revolutionizing an Art Form), de 2000. Em 2006, ele publicou "Desenhando Quadrinhos". Nessas obras, todas apresentadas como história em quadrinhos, McCloud aborda todo processo de criação de histórias nesse formato, analisando-o tanto pelos aspectos conceitual e artístico como também pelo técnico e comercial.
O universo olfativo
Perder o olfato, muitas pessoas tiveram esta vivência durante a pandemia e os relatos são muito parecidos :
“É como se as minha memórias tivessem erodido”
“Tudo tem o mesmo cheiro pra mim e perdi o apetite”
“ Eu sinto como se uma barreira invisível me separasse da realidade”
Anosmia é o nome dado a perda total ou parcial de sentir odores.
A cidade invisível: sentidos encantados
A perda de sentidos provocada por encantamentos e excessos.
Como a mudança na base simbólica dos sentidos afeta os relacionamentos ?
Onqotô : Onde estou ?
Como está sua presença no mundo ?
Você sente que está alinhada com seu entorno ? Sente leveza, equilíbrio ou o peso do dia parece a pedra do mito de Sísifo, achatando seus sentidos numa rotina interminável ?
O pesquisador que estamos lendo neste semestre David Le Breton escreveu um livro sobre a tentação contemporânea de desaparecer, não querer carregar mais o peso do mundo. Ele fala de várias formas deste - Desaparecer de si : as depressões, fadiga, a errância de espaço, o infinito deslizamento virtual. o Alzheimer. Seus relatos mostram o oposto desta presença sensível no mundo, a tentação de fuga e desligamento de uma vida pessoal.
O azul mu(n)do de Guillermo del Toro
A forma da água , lançado em 2017, retrata, no contexto da Guerra Fria, a relação de empatia e encantamento da personagem Elisa – uma jovem faxineira, muda e solteira , que trabalha em um laboratório secreto do governo americano, com uma estranha criatura aquática, pela qual ela se apaixona. Essa criatura híbrida, entendida pelo governo estadunidense como um recurso de guerra e como “um ser divino” pelos nativos da região onde foi capturada, é salva e liberta por Elisa dos maus-tratos do oficial do exército americano Strickland, o antagonista da trama. Como o cineasta explica no lançamento para o El País.
“Queria um filme que fosse político obliquamente, não frontalmente. E ver é o ato supremo de amor. Se eu vejo você, garanto a sua existência. A ideologia pretende negá-lo, transformá-lo em uma coisa: um judeu, um mexicano, um pária”
Antropologia dos sentidos e alteridade
Nossa cultura é uma imersão que nos ensina a ver, ouvir, falar, cheirar, tocar, saborear ....precisamos despovoar os sentidos destas impregnâncias para conhecer outros modos do sentir
Favor fechar os olhos : um tempo de despreocupação
A aceleração destrói as estruturas próprias de sentido e tempo. O inquietante na experiência do tempo atual não é a aceleração como tal, mas sim a conclusão faltante, ou seja a falta de ritmo e compasso das coisas. Não apenas o tempo narrativo é uma conclusão. Também o instante que contenta e satisfaz é uma conclusão, pois ele é fechado em si próprio. Ele não tem, por assim dizer nada à sua volta. Ele repousa em si mesmo e se satisfaz consigo próprio. Assim, ele é sem passado e sem futuro, sem lembrança e nem espera, ou seja, se “cuidado” no sentido heideggeriana. Esta ausência de cuidado ( e preocupação) contenta.”
“Por falta de repouso nossa civilização caminha para uma nova barbárie “ seguindo esta profecia de Nietzche , Byung Chul Han escreve um pequeno e contundente livro : Sociedade do cansaço .
Lugares de sonhares: a formiga verde de Herzog
No deserto australiano, um grupo de aborígenes tenta defender um território sagrado para seu povo: o lugar onde as formigas verdes sonham. O problema é que, por seus ricos recursos naturais, a região é de grande interesse para uma empresa multinacional de exploração mineral. Filme de Werner Herzog de 1984.
Ursula K. Le Guin : um vulcão que alterou o mapa da ficção científica.
“As únicas perguntas que realmente importam são as que você faz a si mesmo. Nós somos vulcões. Quando nós, mulheres, oferecemos nossas experiências como nossas verdades, como verdades humanas, todos os mapas mudam. Surgem novas montanhas.”
Ursula K. Le Guin