A escala humana e os sonhos

Assisti neste final de semana o documentário sobre o arquiteto e professor dinamarquês Jan Gehl, que estudou o comportamento humano em cidades ao longo de 40 anos. Ele documentou como as cidades modernas repelem a interação humana e argumenta que podemos construir cidades levando em consideração as necessidades humanas de inclusão e intimidade.Uma cidade maquinal nos isola, adoece, pois esquecemos de nossas redes de apoio. O modelo progressista impregnou o nosso imaginário e respondemos individualmente aos desafios, levados pelo fluxo de mercadorias, pelas paisagens ideológicas e as urgências cotidianas. Perdemos nossos momentos de encontro pessoal e com estes nossas fontes de generosidade.

https://www.filmefilme.com.br/movies/a-escala-humana

Na Residência criativa, durante o Sp feita à mão, instalamos filtros de sonhos na avenida Paulista.A intervenção poética perguntava : 

Qual é o seu sonho de convivialidade para a cidade ? 

Passado o estranhamento, os menos apressados se disponibilizavam para a prosa. Diziam seus casos pessoais, reclamavam da política e contavam suas esperanças de uma cidade mais humana.

Ser urbano é encontrar desconhecidos, uma cidade para pessoas é a que possibilita estas conversas públicas. Precisamos retomar nossas rodas de sonhos , mesmo que frente a grandeza dos desafios nossas falas soem tolas. Coragem, continue o devaneio do fazer junto, da partilha, o esforço do mutirão por uma causa solidária. Sem este comum a cidade perde a sua razão de ser. 

Somos todos sementes de uma cidade para e com as pessoas. E você acolhe sonhos ?

#acolhemossonhos #residenciacriativa

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